quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Como são usados os PORQUÊS???




Porque:

A forma porque é uma conjunção, ligando orações. É usado em frases afirmativa e em respostas. Exemplos:

a) Causal (pois)
Ex.: Ela foi elogiada porque chegou cedo ao trabalho.

b) Explicativa (pois)
Ex.: Chegue cedo, porque temos muito trabalho.
(Verbos no imperativo - chegue)

c) Final (para que, a fim de que)
Ex.: Siga o regulamento, porque tudo funcione como o esperado.
(Verbos no subjuntivo - funcione)



Porquê:

É forma "porquê" é um substantivo. Ele sempre é antecedido de determinantes (artigo, pronome possessivo...).

Ex.: Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê.
        Ele deve ter os seus porquês.


Por que:

1. A forma "por que" é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo"

- Perguntas diretas (com o sinal de interrogação)
Por que você fez isso?
- Perguntas indiretas (sem o sinal de interrogação)
Quero saber por que você fez isso.

2. A expressão "por que" representa a sequência preposição + pronome relativo. Exemplo:
Conheço os caminhos por que passastes.

No caso o pronome "que" é relativo pelo fato do mesmo retomar a ideia anterior (caminhos). Pode ser substituído por outro pronome relativo, como, "pelos quais".


Por quê

Utiliza-se quando ele vêm sozinho, ou em final de frase. Sempre que ele vem no final da frase ele é acentuado pois é pronunciado com tonicidade.

Ex: Você não disse a verdade por quê?
       Não entendo por quê.




Referências:

https://www.youtube.com/watch?v=SOfLNdIbSSw

Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=-cDcdtlPdAw



domingo, 7 de agosto de 2016

Estilística - Figuras de Linguagem, de Pensamento e de Sintaxe

Parte da gramática que se preocupa com o estilo. Nela, a linguagem pode ser usada para fins estéticos, conferindo à palavra dados emotivos.

Figura de Linguagem: são recursos linguísticos usados para dar maior expressividade ao que escrevemos.

Comparação: Estabelece entre dois seres ou fatos uma relação de semelhança/comparação. Geralmente estarão presentes vocábulos que estabelecem essa comparação como: semelhante a, como, igual a, que nem. Exemplo:

"Eu sou nuvem passageira
Que como o vento se vai
Eu sou como um cristal bonito
Que se quebra quando cai"


Metáfora (sinédoque): É o emprego de uma palavra com sentido diferente do seu sentido usual, baseado em uma comparação implícita (subentendida) entre os dois elementos. Exemplo:

Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos, tão mesquinho
Vai reduzir as ilusões


Metonímia: A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido. Exemplos:

Eu leio Drummond
Thomas Édison iluminou o mundo

Na verdade, você não lê Drummond, você lê um livro de Drummond. Portanto, a metonímia ocorre quando a gente troca:
O autor pela obra: Leio Machado de Assis. (o livro)
A causa pelo efeito: Vivo do meu trabalho. (do dinheiro)
O inventor pelo invento: Comprarei um Wolksvagem. (um carro)
O contrato pelo abstrato: Ele tem ótima cabeça. (inteligência)
O indivíduo pela classe: Ele é o salvador da Pátria. 
Parte pelo todo: Comprei duas cabeças de gado. (duas vacas)
O gênero pela espécie: A estação das flores. (primavera)
O singular pelo plural: As chuvas chegaram. 


Personificação (prosopopeia): atribui ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos. Exemplos:

O rio caminha para o sul.
A caneta escrevia tudo.


Antítese: É a utilização de duas palavras com sentidos opostos na mesma frase. Exemplos:

Viver e morrer estão na agenda de qualquer ser humano.
A alegria e a tristeza são praticamente uma escolha.


Hibérbole: Consiste e em expressar uma ideia com exagero. Exemplos:

Já te falei mil vezes que não irei.
Faz umas dez horas que ela está no banho.
A saia está tão curta que você ficará pelada.



Eufemismo: Busca suavizar uma expressão através de termos mais agradáveis. Exemplos:

Ele enriqueceu por meios ilícitos. (roubou)
O vizinho passou dessa para melhor. (morreu)
A criança vivia de caridade pública. (esmola)


Ironia: Consiste em expressar ideias com significado oposto ao que se realmente pensa ou acredita. Exemplos:
"A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar crianças" (Monteiro Lobato)
Qual foi o inteligente que deixou o frango no forno 2h.


Gradação: Consiste em dispor as ideias em ordem crescente ou decrescente. Exemplos:
"... em terra, em cinza, em pó, em sombra, em nada." G. de Matos
"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." Padre Antônio Vieira



Elipse: Ocorre quando alguns elementos são omitidos sem ocasionar a perda de sentido, uma vez que as palavras ficam subentendidas através do contexto.
Exemplos:
1- João está passando mal! Rápido, uma ambulância!
João está passando mal! Rápido chamem uma ambulância!
2- Se chegar depois das oito, tudo fechado: as mercadorias dentro do bar...
Se você chegar depois das oito horas tudo estará fechado: as mercadorias estarão dentro do bar...


Pleonasmo: É a repetição de palavras por meio de outras palavras. É usado de forma poética, mas quando nós, meros seres humanos, usamos essa repetição dá-se o nome de redundância. Exemplo:

"...Chovia uma triste chuva de resignação..." Manoel Bandeira
"...E ali dançaram tanta dança..." Chico Buarque


Polissíndeto: (poli = vários e síndeto = conjunção, portanto várias conjunções) Consiste na repetição de conjunções para garantir um texto mais expressivo. Exemplo:

Enquanto os homens exercem seus podres poderes
índios e padres e bichas, negros e mulheres
e adolescentes fazem o carnaval
(Podres Poderes - Caetano Veloso)


Onomatopeia: É o uso de palavras que reproduzem os sons de seres vivos e objetos. Exemplo:

"E era tudo silêncio na saleta de costura; não se 
ouvia mais que um o plic-plic-plic-plic da agulha no pano."
(Machado de Assis)


Anáfora: Consiste na repetição da mesma palavra no início de várias orações, períodos ou versos. Exemplo:

Tende piedade, Senhor, de todas as mulheres
Que ninguém mais merece tanto amor e amizade
Que ninguém mais deseja tanto poesia e sinceridade
Que ninguém mais precisa tanto de alegria e serenidade
Vinícius de Moraes


Aliteração: É a repetição de consoantes em uma sequência de palavras. Exemplo:

"...Vozes veladas, veludosas vozes, 
Volúpias dos violões, vozes veladas, 
Vagam nos velhos vórtices velozes 
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. 


Assonância: Consiste na repetição de sons vocálicos com a intenção de provocar um efeito de estilo. Exemplo:

"Essa desmesura de paixão
É loucura do coração
Minha foz do Iguaçu
Polo sul, meu azul
Luz do sentimento nu"
Djavan


Catacrese: Trara-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim, passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
Exemplos:

"asa da xícara"                "batata da perna"
"maça do rosto"              " da mesa"
"braço da cadeira"          "coroa do abacaxi"


Perífrase: Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. Exemplo:

A Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.

Obs: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia. Exemplos:
O Divino Mestre (Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
O Poeta dos Escravos (Castro Alves) morreu muito jovem.


Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplos:

Um grito áspero revelava tudo o que sentia (grito = auditivo; áspero = tátil)
Um silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)


Paradoxo: Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união de ideias contraditórias. Veja o exemplo:

Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.


Apóstrofe: Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos:

Moça, que fazes aí parada?
Pai Nosso, que estais no céu...


Anacoluto: Consiste na mudança da construção sintática no meio da frase, ficando alguns termos desligados do resto do período. Exemplo:

Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.

A expressão "esses alunos da escola" deveria exercer a função de sufeito. No entanto, há uma interrupção da frase e essa expressão fica à parte, não exercendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é chamado de "frase quebrada", pois corresponde a uma interrupção na sequência lógica do pensamento. Exemplos:

O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem.
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo Castelo Branco)


Hipérbato/Inversão: É  inversão da estrutura frásica, isto é, a inversão da ordem direta dos termos da oração. Exemplos:

São como cristais as palavras. (Na ordem direta: As palavras são como cristais)
Dos meus problemas cuido eu! (Na ordem direta: Eu cuido dos meus problemas)
















Referência:
Vídeo aulas do Prof. Fábio Alves - Youtube
Só Português - www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil2.php

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Semântica

Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de estudo se analisa, também as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísticas devido a alguns fatores, tais como o tempo e espaço geográfico.

Polissemia - Uma palavra que, isolada, pode ter vários sentidos. Ex: banco, manga, marco...

Sinonímia - É a relação estabelecida entre duas ou mais palavras que apresentam significados iguais ou semelhantes.

Antonímia - É a relação estabelecida entre duas palavras ou mais que apresentam significados diferentes, contrários.

Homonímia - Os homônimos são palavras que têm a mesma grafia e/ou a mesma pronúncia mas têm significados diferentes. Eles são, então divididos em:

Homônimos Perfeitos: São aquelas palavras que apresentam a mesma pronúncia e a mesma grafia.
Ex: São = Sadio         São = Santo         São = verbo ser

Homônios Homógrafos: São aquelas palavras que são iguais apenas na grafia e, portanto, têm pronúncias diferentes.  Ex: Sábia        Sabiá         Sabia

Hemônimos Homófonos: São aquelas palavras que são iguais apenas na pronúncia, pontanto, têm grafias diferentes. Ex: Assento         Acento

Paronímia - Vocábulos diferentes que apresentam grafia e pronúncia parecidos.
Ex: Deferir = Conceder / Diferir = Diferenciar
      Mandado = Ordem judicial / Mandato = Tempo de um cargo político

Denotação - (Linguagem objetiva) É a linguagem real, que não da margem para outras interpretações, como por exemplo os textos científicos. Ex: Comprei um colar de ouro./ Vazou muito óleo no oceano.

Conotação - (Linguagem subjetiva) É a linguagem que dá margem a outras interpretações, como exemplo a linguagem poética. Ex: Maria tem um coração de ouro./ Está chovendo um oceano inteiro.















REFERÊNCIAS:
Vídeos do Pof. Fábio Alves (semântica) - Youtube.com
Só Português - www.soportugues.com.br/secoes/seman/

Período Simples e Composto

Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.

Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta. Exemplos:

O amor é eterno.
As plantas necessitam de cuidados especiais.
Quero aquelas rosas.
O tempo é o melhor remédio.

Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações. Exemplos:

Quando você partiu minha vida ficou sem alegrias.
Quero aquelas flores para presentear minha mãe.
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que aconteceu ao anoitecer.
Cheguei, jantei e fui dormir.





REFERÊNCIA:
Período - www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint4.php

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Preposições

A - ante - após - até - com - contra - de - desde - em - 
entre - para - per - perante - por - sob - sem - sobre - trás


Veja a aula cantada



Advérbio

Tipos de advérbios:

Tempo: ontem, hoje, amanhã, agora, logo, depois, já, tarde, cedo...
Lugar: aqui, ali, aí, lá, cá, atrás, perto, longe, acima, abaixo...
Modo: bem, mal, assim, devagar, calmamente... (e a maioria das palavras que terminam com "mente")
Afirmação: sim, deveras, certamente, realmente...
Negação: não, absolutamente, tampouco...
Dúvida: talvez, quiçá, acaso, decerto, provavelmente...
Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, menos...

OBS: Quanto as palavras "muito" e "bastante" podem ir para o plural elas não são mais consideradas advérbio, mas, sim, um pronome adjetivo indefinido. Isso ocorre quando o "muito" e o "bastante" acompanham um substantivo. Como nos exemplos:

1- Comprei muito pão - Comprei muitos pães
2- Comprei bastante roupa - Comprei bastantes roupa


Matéria retirada do vídeo do Prof. Fábio alves: 



terça-feira, 5 de julho de 2016

MORFOLOGIA: Classe de Palavras Variáveis e Invariáveis



As classes variáveis podem ser flexionadas, ou seja, as palavras dessas classes aceitam sofrer alterações de acordo com plural e singular, masculino e feminino, superlativo… São elas: artigo, adjetivo, pronome, numeral, substantivo e verbo.
Já as classes advérbio, conjunção, interjeição e preposição são classes invariáveis, pois elas não aceitam nenhuma alteração, permanecem iguais, independente se estão sendo usadas no plural, singular, masculino ou feminino. 
Classificação dos Substantivos
1-  Substantivos Comuns e Próprios
Observe a definição:

Qualquer "povoação maior que vila, com muitas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será chamadacidade. Isso significa que a palavra cidade é um substantivo comum.

Substantivo Comum: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma genérica.

Por exemplo: 
cidade, menino, homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.

O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio.

Substantivo Próprio: é aquele que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular.

Por exemplo:
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
2 - Substantivos Concretos e Abstratos

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LÂMPADAMALA

Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existência própria, que são  independentes de outros seres. São assim, substantivos concretos.

Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, independentemente de outros seres.

Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imaginário.
          Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, etc.
          Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d'água, fantasma, etc.


Observe agora:

Beleza expostaJovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.

O substantivo beleza designa uma qualidade.

Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que dependem de outros para se manifestar ou existir.

Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza é um substantivo abstrato.

Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir.

Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade (sentimento).  


3 - Substantivos Coletivos

   Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.

   Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.

   Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.

Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha...
No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie (abelhas).
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie.


4 - Substantivos Simples e Compostos

   Chuva subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra.

O substantivo chuva é formado por um único elemento ou radical. É um substantivo simples.

Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemento.

Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc.

Veja agora:
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é composto.

Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.


5-Substantivos Primitivos e Derivados

Veja:
Meu limão meu limoeiro,
meu pé de jacarandá...

O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de nenhum outro dentro de língua portuguesa.

Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma outra palavra da própria língua portuguesa.

O substantivo limoeiro é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.

Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra palavra.


2 - ARTIGO

Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos substantivos.

Classificação dos Artigos

Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: oaosas.
Por exemplo:
Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos:  determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
Por exemplo:
Eu matei um animal.

3 - ADJETIVO

Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou característica do ser e se "encaixa" diretamente ao lado de um substantivo.

Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que além de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa bondosa.

Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa bondade. 

Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.


LOCUÇÃO ADJETIVA

Locução = reunião de palavras. Sempre que são necessárias duas ou mais palavras para contar a mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo.)

Por exemplo:
aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio (paixão desenfreada).
4 - NUMERAL

Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada sequência.

Exemplos:
  1. Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco.
    [quatro: numeral = atributo numérico de "ingresso"]
  2. Eu quero café duplo, e você?
    ...[duplo: numeral = atributo numérico de "café"]
  3. primeira pessoa da fila pode entrar, por favor!
    ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequência de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os números indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão é colocada em números (11/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia expressa pelos números, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos:décadadúziaparambos(as), novena

Classificação dos Numerais
Cardinaisindicam contagem, medida. É o número básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc.
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo, etc.
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quintos, etc.
Multiplicativosexpressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo, etc.


5 - PRONOME

Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o nome qualificando-o de alguma forma.

Exemplos:
  1. A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
[substituição do nome]
  1. A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
[referência ao nome]
  1. Essa moça morava nos meus sonhos!

Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.


6 - VERBO

Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:
- ação (correr);
- estado (ficar);
- fenômeno (chover);
- ocorrência (nascer);
- desejo (querer).

O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.



Referências:
http://www.estudokids.com.br/classes-gramaticais/
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf13.php

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Funções da Linguagem

Para que serve a linguagem?

Sabemos que a linguagem é uma das formas de apreensão e de comunicação das coisas do mundo. O ser humano, ao viver em conjunto, utiliza vários códigos para representar o que pensa, o que sente, o que quer, o que faz.

Sendo assim, o que conseguimos expressar e comunicar através da linguagem? Para que ela funciona?
A multiplicidade da linguagem pode ser sintetizada em seis funções ou finalidades básicas. Veja a seguir:


1) Função Referencial ou Denotativa
Palavra-chave: referente
Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere.

Exemplo:

Numa cesta de vime temos um cacho de uvas, uma maçã, uma laranja, uma banana e um morango. (Este texto informa o que há dentro da cesta, logo, há função referencial).
             


2) Função Expressiva ou Emotiva
Palavra-chave: emissor
Reflete o estado de ânimo do emissor, os seus sentimentos e emoções. Um dos indicadores da função emotiva num texto é a presença de interjeições e de alguns sinais de pontuação, como as reticências e o ponto de exclamação.

Exemplos:

a) Ah, que coisa boa!
b) Tenho um pouco de medo...
c) Nós te amamos!

3) Função Apelativa ou Conativa
Palavra-chave: receptor
Seu objetivo é influenciar o receptor ou destinatário, com a intenção de convencê-lo de algo ou dar-lhe ordens. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. É a linguagem usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Exemplos:
a) Você já tomou banho?
b) Mãe, vem cá!
c) Não perca esta promoção!
4) Função Poética
Palavra-chave: mensagem
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer. O escritor, por exemplo, procura fugir das formas habituais e expressão, buscando deixar mais bonito o seu texto, surpreender, fugir da lógica ou provocar um efeito humorístico. Embora seja própria da obra literária, a função poética não é exclusiva da poesia nem da literatura em geral, pois se encontra com frequência nas expressões cotidianas de valor metafórico e na publicidade.

Exemplos:

a)  “... a lua era um desparrame de prata”.
(Jorge Amado)
 b) Em tempos de turbulência, voe com   fundos de renda fixa.
(Texto publicitário)
c) Se eu não vejo
a mulher
que eu mais desejo
nada que eu veja
vale o que
eu não vejo
(Daniel Borges)
5) Função Fática 
Palavra-chave: canal
Tem por finalidade estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação. É aplicada em situações em que o mais importante não é o que se fala, nem como se fala, mas sim o contato entre o emissor e o receptor. Fática quer dizer "relativa ao fato", ao que está ocorrendo. Aparece geralmente nas fórmulas de cumprimento: Como vai, tudo certo?; ou em expressões que confirmam que alguém está ouvindo ou está sendo ouvido: sim, claro, sem dúvida, entende?, não é mesmo? É a linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

Exemplo:
Alô? Está me ouvindo?

6) Função Metalinguística
Palavra-chave: código
Esta função refere-se à metalinguagem, que ocorre quando o emissor explica um código usando o próprio código. É a poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. As gramáticas e os dicionários são exemplos de metalinguagem.

Exemplo:

Frase é qualquer enunciado linguístico com sentido acabado.
(Para dar a definição de frase, usamos uma frase.)



Video explicativo:






Referência: 
- http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil14.php 
- Youtube: Português - Funções da linguagem - ENEM | 19 Dias

Variações Linguísticas

Diferentes linguajares norteiam a convivência dos falantes brasileiros. Isso acontece em razão da classe social, faixa etária, aspectos da própria região, entre outros. Temos a variação histórica, regional, social e a de estilo. Tais fatores fazem com que essas variações adquiram classificações distintas, denominadas: 

Diatópicas: (Regiões) Classificam-se em virtude das diferenças entre as regiões no que tange ao modo de falar, sendo que tais diferenças podem se dar tanto em relação à semântica (relativa ao significado que as palavra apresentam), quanto à sintaxe.

No que se refere ao vocabulário, um bom exemplo é a palavra “mexerica”, que em algumas regiões é conhecida como “bergamota” e em outras como “tangerina”. 
No que tange ao aspecto da sintaxe, notamos que é grande a recorrência de alguns termos sintáticos, como, por exemplo: “vou não”, em vez de “não vou”, “é não”, em vez de “não é”, entre outros casos.
Diastráticas: (social, cultural) Depende da forma que a pessoa foi criada e com quais pessoas convive. Varia com relação a diferença de idade (crianças x idosos), sexo (mulheres e homens também tem diferentes linguagens), classe social (seu poder aquisitivo pode definir sua linguagem) grupos sociais (rip, surfista, nerds...).

Diafásicas: (contexto/estilo) Tais variações estão relacionadas ao contexto comunicativo de forma geral, ou seja, a situação exigirá o uso de um modo de falar distinto. Como exemplo disso citamos um bate-papo informal e um discurso proferido em um evento solene, por exemplo. Outro exemplo é a redação de um texto escrito e uma conversa proferida no dia a dia.

Diacrônica: (Tempo/história) Coisas que falava-se antigamente que hoje não se usam mais.


O professor Neslen explica e exemplifica muito bem o conteúdo:




Referências:
http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/variacoes-linguisticas.htm
Youtube: Variações linguísticas (Professor Noslen)